Dezembro Vermelho - Mês mundial do combate a AIDS

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Por Beatriz Morás - Enfermeira

AIDS ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é uma doença infectocontagiosa causada pelo vírus HIV, que leva à perda progressiva da imunidade. A doença se caracteriza por um conjunto de sinais e sintomas advindos da queda da taxa dos linfócitos (células muito importantes na defesa imunológica do organismo). Quanto mais a doença avançar, mais ela comprometerá o sistema imunológico do paciente.

Sintomas

Os sintomas iniciais podem ser tão leves que são atribuídos a um mal estar passageiro, quando se manifestam com mais intensidade, são os mesmos confundidos com diversos tipos de viroses. Os sintomas mais comuns são febre constante, manchas na pele, calafrios, dores de cabeça, de garganta e dores musculares, que surgem de 2 a 4 semanas após a pessoa contrair o vírus.

Nas fases mais avançadas da doença, é comum o aparecimento de doenças como tuberculose, pneumonia, meningite, toxoplasmose, candidíase etc.

Diagnóstico

Existe um exame de sangue específico para o diagnóstico da AIDS, chamado de teste Elisa. Em média, ele começa a registrar que a pessoa está infectada 20 dias após o contato de risco. Se depois de três meses o resultado for negativo, não há mais necessidade de repetir o exame, porque não houve infecção pelo HIV.

Transmissão

O vírus HIV sobrevive em ambiente externo por apenas alguns minutos. Mesmo assim, sua transmissão depende do contato com as mucosas ou com alguma área ferida do corpo.

AIDS não se transmite por suor, beijo, alicates de unha, lâminas de barbear, uso de banheiros públicos, picadas de mosquitos ou qualquer outro meio que não envolva penetração sexual desprotegida, uso de agulhas ou produtos sanguíneos infectados. Existe também a possibilidade da transmissão vertical, ou seja, da mãe infectada para o feto durante a gestação e o parto (AIDS congênita).

Os pesquisadores ainda não sabem se sexo oral é capaz de transmitir a síndrome, há, porém, descrição de pessoas que se infectaram ao engolir esperma.

Tratamento

Foi só no final de 1995, que o coquetel de medicamentos pode ser prescrito para os portadores do HIV. A possibilidade de associar várias drogas diferentes, entre elas o AZT, mudou por completo o panorama do tratamento da AIDS, que deixou de ser uma doença fatal para transformar-se em uma doença crônica passível de controle. Hoje, desde que adequadamente tratados, os HIV-positivos conseguem conviver com o vírus por longos períodos, talvez até o fim de uma vida bastante longa.

Dentre os efeitos colaterais do coquetel estão tonturas, diarreia e enjoos, a toxicidade dos remédios pode provocar danos para o fígado e para os rins, no entanto, de modo geral, o tratamento é bem tolerado pelos pacientes.

Prevenção

O uso da camisinha nas relações sexuais é a forma mais eficaz de prevenção da aids, também é imprescindível usar somente seringas descartáveis. Gestantes devem obrigatoriamente fazer o teste de HIV durante o pré-natal, se estiverem infectadas, é fundamental iniciar logo o tratamento a fim de evitar que o vírus seja transmitido para o feto. Hoje é perfeitamente possível para uma mulher infectada engravidar e dar à luz um bebê livre do vírus.

Lembre-se:

·         Use sempre camisinha em todas as relações sexuais;

·         Mulheres devem realizar o teste antes de engravidar;

·         Não considere a AIDS como uma sentença de morte. Depois do aparecimento do coquetel, ela se transformou numa doença crônica que ainda não tem cura, mas pode ser controlada;

·         Não desanime diante dos efeitos adversos de alguns medicamentos que compõem o coquetel. Eles podem ser contornados com mudanças no esquema ou com o uso de outros remédios.

 

SAE DOURADOS – MS

Serviço de Assistência Especializada em HIV/Aids

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Alex KleinubingComentário